Não escrever, talvez.
Indefinir as concretas conclusões secretas, que tanto me custaram a encontrar.
Ou talvez não… pudesse eu não ter escrito, não ter dito, não ter pensado, não ter sentido…
Agora é tarde. E a incerteza perene da folha caduca permanece. Mesmo assim, não me aquece nem me arrefece. A espera só poderá trazer-lhe a cura. Ou cai, ou perdura.
Por isso para quê fazer sábios juízos, relações, suposições, constatações, adorações?
O que é certo e sabido é que nada podemos na verdade fazer ou decidir.
Intervir, talvez. Mas a que preço essa intervenção? Qual a impossível repercutição da acção? Lá está. Aí, onde eu queria chegar. Paremos de nos interrogar. Paremos de pensar.
A (in)consciência reina em nós, e neles também. Com uma diferença porém. Nós conseguimos sempre – oh! sim, sempre! – arranjar a pior maneira de a encarar. Ou, pelo menos, isso sim, arranjamos sempre a pior maneira de ver as coisas. Esta. Esta maneira de ver as coisas, repararam? Eu próprio realizo e admito, assumo irresponsavelmente a negatividade, a passividade das coisas. Por isso – mais uma vez – para quê criticar?
Afinal, nem somos sequer nós que mantemos o mundo a girar.
Só nos resta esperar.
“Mais uma fichinha, mais uma voltinha….”
Afinal, nem somos sequer nós que mantemos o mundo a girar.
Só nos resta esperar.
“Mais uma fichinha, mais uma voltinha….”
Pintura: "Why?" de Christopher Wool (1990)
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