21 dezembro 2007

História de um Quadrado-cujos-lados-não-são-paralelos


Tudo havia começado num dia cheio de pressa, até porque começara a chover.
Quinze minutos/vá, vamos lá avançar com isto num instante/Tou?/Ahahaha!/
Fim da aula
Quando se viu sentado, já havia subido pela Europa fora e só aí se apercebeu de que as provas que prestara estariam, muito provavelmente, aquém das expectativas.
Ahahaha!
Que raio de provas, também! Tantos anos de estudo frutífero para - agora mais - uma pedra no charco.
E outra/E outra
Ahahaha!
Bem, a verdade é que atirar pedras ao charco foi, por excelência, a sua técnica, que desevolveu e manteve em segredo, não fosse alguém escrevê-la num teste. Qual o benifício da partilha deste conhecimento a cada dia mais ameaçado (por si)?
Na constelação dos seus pensamentos, à deriva
Foi, diz-se, o terceiro elemento a aderir ao movimento póstumo, divina apropriação de uma História.
Da História, poderiamos dizer,
do Quadrado-cujos-lados-não-são-paralelos, síntese perfeita de um dia rico e cinzento, pleno de frustração e revolta.
Para quê, perguntar-nos-iamos, sólidos geometricamente perfeitos na nossa tridimensão renascentista, para quê um quadrado?
Sobretudo se se trata de
um Quadrado-cujos-lados-não-são-paralelos, devemos ter cuidado.
Eles andam aí
Ele não tem culpa, pobre fruto de incompetência e ignorância transbordantes numa sala (e mente) escurecida(s).

Ele não.




Mas outros sim.


Sem comentários:

Enviar um comentário