07 maio 2009



Sou noite, ainda.

Não me esperes.
Não te quero
Vinda lá de onde vens.
Preserva o que
Ainda
Tens.
Abri a porta apenas porque quis fechar o sentimento ininterrupto de te querer
Olhar.
Noite, ainda.
Não me queres, lembra.
E não me esperes.
Soltei o passo
Rápido
Na névoa inebriante
Do espaço
De ti.
Estás aqui.

Noite, ainda.
Sou noite, ainda.
Hoje não há amanhecer.



10.Março.2008


2 comentários:

  1. Senti a necessidade, quase como uma dor física, de dizer alguma coisa, de te comentar a irrealidade fria, o arrepio que este poema me trouxe. Agora vejo que não sei o que escreverte, mais do que estas poucas palavras inúteis.
    Se não tens problema, vou copiar a última estrofe para a cita da semana do meu blog.

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  2. Oh... Também não sei o que mais te dizer para além de um sincero "obrigado"! =)
    E claro que não há problema nenhum em citares-me no teu blog, fico muito lisonjeado!
    *

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