30 agosto 2006

Vida Fantasma


Caminhando incertamente para um futuro
(Im)previsto
Promessa solene de incumprível exigência
Guardando com a vida (e a morte) a Sua bíblia,
O seu coração,
A sua versão
Testemunha suprema do mal (in)evitável

Contraria.

Apenas o respirar do cachimbo suave mantém a insolência dos dias
Das noites
Da concisa (i)mutabilidade das coisas
Impróprias
Para consumo
Esperando apenas partir
Quebrando o co(r)po agora vazio deixado para trás
Ao relento
Contam-se os cacos
Contam-se as vidas
Contam-se segredos
Contam-se verdades

E mentiras.

Suprimido por si próprio
Nada faz porque não quer
(Alguém que queira é o que realmente quer)
Mas o futuro aproxima-se
O passado persegue-te
E o presente arrebata-te!


Desenho: "Fantasma" de OGC (2006)

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