22 julho 2009


Uma da manhã, sem direito a hey!
Porque eu preciso de tempo.
Preciso de tempo para existir.
Para recuperar o fôlego trôpego e cortante.

Inspira. Expira.

Sentar-me a olhar para o relógio.
Conquistar cada segundo, dizendo-lhe indolentemente: não me mexi.
É só o que quero de ti.
Dominar novamente a circulação sanguínea.
Mantê-la na rota, manter-me em órbita.

«Trace a line from me to you.»
Sim. Traça uma linha de mim a ti.
De ti a mim.
Materializa-nos.
Numa linha que não essa.
Ela é o que quiseres que ela seja.

Exorcizar traumas.
O tempo que temos não chega.
Para curar tudo.
Precisamos de tempo.
De mais e diferente tempo.
«Alguns minutos são anos.
Passam.
Mas demoram...
Demoram...
Demoram...»
E tantas vezes o contrário.

Não existe a resposta final, ok, já sei.
Mas e uns checkpoints de vez em quando?
Uma resposta segura e coerente de onde partir quando as coisas correm mal?

Hei-de amanhecer cor-de-rosa, ainda assim.
Acredita, relógio, vai por mim.
















1.Julho.2009

1 comentário:

  1. sempre que venho cá e leio os teus poemas fico sem palavras... São tão cheios de emoção que me parece que qualquer comentário que faça lhe vai retirar um bocado do seu significado e sentido e eu não quero isso...

    Assim, a única coisa que eu posso dizer é algo de verdadeiramente muito simples: gosto muito dos teus poemas e do que transmitem x)

    *

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